06 agosto 2013

A imagem que passa


"Porque ser resiliente não significa que não se sintam e chorem as contrariedades e as per- das, que não se lancem as mãos à cabeça quando a casa (ou o emprego) vai pelo ar, so- prada por um qualquer lobo mau (como na história d’Os Três Porquinhos), nem que o co- ração não se parta aos bocadinhos porque perdermos um amor, enfrentamos um divórcio ou, mais terrível, a morte de alguém querido. Nem tão-pouco que não passemos por pe- ríodos negros, por dentro e por fora, em que, muito sinceramente, só temos vontade de per- guntar “porquê a mim” e de nos compararmos a patinhos feios, de quem ninguém gosta. Ser resiliente quer antes dizer que fazemos tudo isso, mas, mesmo assim, continuamos a acreditar que há caminho para lá do obstáculo e que temos o direito e o dever de encon- trá-lo. E se o direito a parece qualquer coisa de que podemos abrir mão, o dever de im- plica uma obrigação que não pode ser iludida, uma obrigação para connosco próprios, mas também para com a nossa família, o nosso país e o nosso planeta. Por isso, é-nos permi- tido mergulhar no luto, concedermo-nos uns momentos em que temos pena de nós pró- prios, mas, depois, há uma voz interior que nos diz um “já chega, agora toca a andar pa- ra a frente” e nos impele a continuar."  

Este trecho de Isabel Stilwell, encaixa perfeitamente na resposta que dou a muitas pessoas que  perante o erguer de cabeça, o arregaçar de mangas , a reorientação da bússola, acham que, se sente menos ou, que se reage estranhamente bem a circunstâncias adversas. Pessoas a quem só o cortar dos pulsos, o atirar da ponte ou o carpir  fazem 
sentido!!!



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